Meu nome é Márcia Matilde Ferreira Barbosa. Sou casada e tenho duas filhas, a Mariana e a Letícia. Sou professora, pedagoga e psicopedagoga, mas o que mais me define é ser educadora.
Escolhi ser professora porque era o curso mais perto da minha casa. Minha mãe tinha um certo receio de eu estudar longe, afinal, é coisa de mãe querer proteger. No início, foi complicado, pois não me sentia capaz de lidar com crianças. Mas tudo mudou quando, no fim do meu primeiro ano de estudo, surgiu uma oportunidade de dar aulas em uma escola pública de Curitiba, na periferia. Resolvi me inscrever nessa experiência com duas amigas para ver se realmente era isso que eu queria fazer.
Aconteceu uma grande descoberta. No final do meu primeiro dia, percebi que queria fazer isso para o resto da minha vida. O sorriso e o olhar agradecido das crianças ao final do dia ficaram marcados em mim. Esse momento me fez perceber a importância do que eu estava fazendo.
Com cerca de 20 anos na educação, realizei muitos sonhos. Um dos mais especiais foi atuar como alfabetizadora. Ver uma criança lendo e escrevendo suas primeiras palavrinhas é uma emoção indescritível. Sempre busquei me aprimorar, tentando entender mais sobre o desenvolvimento infantil. Depois que minha primeira filha nasceu, percebi que educar vai além da teoria. Isso me fez ter uma visão mais ampla sobre os desafios e vivências dos pais dos meus alunos.
Hoje, estou como coordenadora do Me Põe na História, realizando outro sonho. Aqui, consigo ajudar futuras educadoras a trilhar o caminho na área que tanto amo. Também apoio os pais do nosso daycare, usando a experiência que adquiri como educadora e como mãe.
Sou muito grata à minha família incrível. Meu marido é super apoiador e minhas filhas, que são tudo para mim, me ensinam todos os dias o verdadeiro significado de educar. Agradeço também à equipe diretiva, que faz um trabalho em grupo e com várias áreas de atuação. E às minhas sitters, pela parceria em descobrir coisas novas e buscar sempre fazer um trabalho de qualidade. Tenho muito orgulho de trabalhar com todas vocês!
Não posso esquecer de agradecer às crianças e aos pais do MPNH por fazerem parte desse sonho e confiarem em mim! Cada um de vocês é fundamental nessa jornada.
Desde o início da minha carreira, sempre busquei formas de me conectar com os alunos. É essencial entender cada criança como um indivíduo único, com suas próprias necessidades e potencialidades. Essa abordagem faz toda a diferença no aprendizado.
Com o passar dos anos, fui percebendo que a educação vai muito além de ensinar o conteúdo. Envolve a construção de relacionamentos, é criar um espaço seguro e acolhedor. Um ambiente onde as crianças se sintam valorizadas e respeitadas.
A participação dos pais é outro elemento muito importante. Na escola, contamos com a presença deles nas reuniões e atividades. Isso ajuda a formar uma comunidade unida. Os pais e educadores, juntos, podem oferecer o melhor para a criança.
O meu papel como coordenadora é também ouvir as demandas e necessidades da equipe e das famílias. É fundamental que todos se sintam à vontade para trazer suas ideias e sugestões. Assim, conseguimos fazer um trabalho ainda mais rico.
Vale ressaltar que a formação contínua é um ponto chave. Sempre participo de cursos e palestras que me ajudam a me atualizar. A educação está sempre em evolução, e é nosso dever acompanhar essas mudanças, adaptando práticas e trazendo novas metodologias.
Acredito que a educação deve ser dinâmica. Isso significa que nossas aulas precisam ser divertidas e interativas. Assim, conseguimos captar o interesse das crianças, tornando o aprendizado mais eficiente. Por isso, busco sempre incorporar jogos e atividades práticas nas aulas.
As histórias são outra ferramenta poderosa. Contar histórias incentiva a imaginação e a criatividade da garotada. Além disso, ajuda a desenvolver habilidades de linguagem e comunicação. Quando contamos e discutimos histórias em grupo, promovemos o diálogo e o respeito à diversidade de opiniões.
Com tudo isso, o que busco é formar não só alunos que saibam ler e escrever, mas cidadãos críticos, que saibam se posicionar e respeitar o próximo. A educação é ferramenta de transformação.
É muito gratificante saber que faço parte dessa mudança na vida de tantas crianças. Quando vejo um aluno se destacando ou superando alguma dificuldade, sinto que estou cumprindo minha missão. Isso é o que me motiva diariamente.
Estar presente na vida dessas crianças é uma responsabilidade enorme, mas também uma grande alegria. Ao longo dos anos, construí laços com muitos alunos e suas famílias, e isso enriqueceu minha vida e minha prática profissional.
Nas escolas, precisamos fomentar um ambiente de respeito e inclusão. Cada criança deve ser tratada com dignidade, independentemente de seu histórico ou condições. Isso é essencial para um bom aprendizado.
Além disso, é fundamental que as crianças aprendam a trabalhar em grupo e respeitar as diferenças. A convivência com colegas de diversas origens enriquece o aprendizado, traz novas perspectivas e amplia horizontes.
Essas habilidades socioemocionais são tão importantes quanto as habilidades acadêmicas. Portanto, é nossa tarefa ajudá-las a desenvolver empatia, habilidades de comunicação e trabalho em equipe.
A educação é um processo contínuo. Desde a infância até a vida adulta, estamos sempre aprendendo. Por isso, precisamos instigar nas crianças a curiosidade e o desejo de saber mais, formando, assim, aprendizes para a vida toda.
Como educadora, meu compromisso é oferecer um ensino de qualidade, que respeite as particularidades de cada aluno e que os prepare para os desafios do mundo. Isso envolve colaboração, paciência e, sobretudo, amor à profissão.
Estou sempre aberta ao diálogo e à troca de experiências. Acredito que, ao compartilharmos saberes, conseguimos crescer como profissionais e como seres humanos. Esse aprendizado mútuo é fundamental em nossa jornada.
Em resumo, minha trajetória na educação é marcada por desafios e conquistas, por encontros e trocas. Hoje, faço isso com paixão e dedicação, sempre buscando novas formas de impactar a vida das crianças e suas famílias.
Acredito que, ao final do dia, o que realmente importa é poder olhar nos olhos das crianças e saber que estou contribuindo para um futuro melhor. Esse é o verdadeiro sentido da minha jornada como educadora.