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A esquizofrenia é um transtorno mental complicado que mexe com o jeito que a pessoa pensa, sente e age. Quem tem esquizofrenia pode passar por alucinações, delírios e um pensamento meio bagunçado, o que interfere no dia a dia.
Esse transtorno afeta cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo, conforme dados de organizações de saúde. Em geral, aparece no final da adolescência ou no começo da vida adulta, tanto em homens quanto em mulheres. Por ser um problema crônico, o tratamento e acompanhamento devem ser constantes ao longo da vida.
Com isso, quem vive com esquizofrenia pode perder a noção do que é real e do que é imaginário, tornando a convivência um grande desafio.
Tipos de esquizofrenia
Os principais tipos de esquizofrenia são:
- Paranoide: Aqui, os delírios e alucinações são predominantes. Pode-se acreditar que está sendo perseguido ou controlado por forças externas.
- Desorganizada ou hebefrênica: Afeta a lógica e a comunicação. A fala é confusa e os comportamentos são desorganizados, muitas vezes sem propósito.
- Catatônica: Essa forma altera a motricidade. A pessoa pode ficar paralisada ou fazer movimentos repetitivos e sem sentido.
- Residual: É a forma crônica, onde os sintomas principais não estão ativos, mas ainda pode haver lentidão e isolamento social.
- Indiferenciada: Os sintomas não são claros o suficiente para serem categorizados. A intensidade e frequência variam, dificultando a classificação.
Sintomas de esquizofrenia
A esquizofrenia tem quatro categorias principais de sintomas: positivos, negativos, desorganizados e comprometimento cognitivo. Uma pessoa pode ter sinais de uma ou mais dessas áreas.
Sintomas positivos
Os sintomas positivos são um aumento ou distorção das funções mentais normais. Exemplos incluem delírios, que são crenças falsas mantidas com firmeza, mesmo com evidências contrárias. A pessoa pode acreditar que está sendo vigiada ou que mensagens em músicas são direcionadas a ela.
Além dos delírios, as alucinações são comuns, especialmente as auditivas. A pessoa pode ouvir vozes falando sobre suas ações ou até criticando. Essas alucinações podem envolver também outros sentidos, como visão e olfato.
Sintomas negativos
Os sintomas negativos são a ausência ou diminuição de comportamentos que seriam considerados normais. Isso envolve apatia, onde a pessoa perde o gosto por coisas que antes gostava, e se isola dos outros. A expressão emocional também diminui, sendo visível na face ou na voz.
Desorganização
Os sintomas de desorganização atrapalham o pensamento e o comportamento. Isso pode aparecer em fala confusa, com mudanças rápidas de assunto ou dificuldade para raciocinar. Gestos repetitivos e comportamentos inusitados são comuns, além da dificuldade em fazer tarefas simples.
Comprometimento cognitivo
O comprometimento cognitivo afeta habilidades essenciais como concentração, memória e planejamento. A pessoa pode ter dificuldade para manter o foco em uma conversa, ler um livro ou seguir instruções simples. Esquecimentos frequentes e dificuldades na organização são comuns.
Causas de esquizofrenia
As causas da esquizofrenia ainda não estão completamente esclarecidas, mas podem estar ligadas a alterações no cérebro. Isso pode acontecer quando certas substâncias químicas não estão funcionando bem. O uso de drogas que afetam a mente também pode contribuir para o aparecimento do transtorno.
Além disso, fatores ambientais, como problemas durante a gravidez ou o parto, podem afetar o desenvolvimento do sistema nervoso e estar relacionados ao surgimento da esquizofrenia.
Como é feito o diagnóstico?
A esquizofrenia é diagnosticada com uma avaliação médica minuciosa, já que não existe um exame único que possa confirmá-la. O caminho envolve a identificação de pelo menos dois sintomas principais, como delírios ou alucinações, que precisam durar pelo menos seis meses.
Os médicos também analisam como esses sintomas afetam a vida do paciente, como no trabalho ou na escola. Exames laboratoriais ajudam a descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes, verificando problemas neurológicos, hormonais e relacionados ao uso de substâncias.
Exames de imagem, como tomografias e ressonâncias magnéticas, ajudam a excluir tumores cerebrais. Embora esses exames possam apontar anomalias no cérebro de quem tem esquizofrenia, eles não são suficientes para confirmar o diagnóstico.
Tratamento para esquizofrenia
A esquizofrenia, por ser complexa, exige um tratamento contínuo e multidisciplinar. O objetivo é minimizar os sintomas, prevenir recaídas e melhorar a qualidade de vida da pessoa. O tratamento pode incluir:
- Medicamentos antipsicóticos: são a principal forma de tratamento e ajudam a reduzir sintomas como delírios e alucinações. Existem duas gerações: a primeira tem mais efeitos colaterais, enquanto a segunda é melhor tolerada.
- Psicoterapia: ajuda a pessoa a entender melhor o transtorno, desenvolver estratégias para lidar com os sintomas e a melhorar relacionamentos. A terapia familiar é fundamental para que os familiares entendam a situação.
- Reabilitação psicossocial: programas que ensinam habilidades para viver de forma independente, como lidar com finanças e cuidados pessoais.
- Cuidado especializado: inclui terapias que focam em habilidades sociais e apoio nas atividades diárias.
Afinal, esquizofrenia tem cura?
A esquizofrenia não tem cura, mas é possível controlar os sintomas com o tratamento certo. Com o apoio adequado de profissionais de saúde, familiares e amigos, é possível levar uma vida mais tranquila e produtiva, mesmo com a condição.
